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  • Foto do escritorSuellen Quintino

Meus 8 principais aprendizados na colaboração do Sh*ft Digital 2021


Imagens reais do evento Sh*f Digital 2021 acontecendo!


Bom, primeiramente descrevendo o breve cenário inicial dessa narrativa, posso dizer que desde 2016 eu venho me juntando a causa dos Criativos Cansados. A união de profissionais que trabalham com criatividade e que por vários motivos do mercado de trabalho, evolução pessoal ou mesmo da sociedade como um todo, estão de saco cheio de trabalhar pra empresas desorganizadas, sem causa, ou mesmo charlatonas.


Então no final de 2020 quando eu e minha amiga Amanda Melchert fomos convidadas para ajudar a iniciativa do podcast do Sh*ft Festival, por nosso querido Gabriel Nunes, como boas metidas e enxeridas que somos, começamos a palpitar e dar sugestões de como poderíamos ajudar na causa dos Criativos Cansados.




E quando levantamos a ideia de criar uma comunidade e organizar um evento a todas as mãos, uma lágrima solitária escorreu por meus olhos. Pensando que havia uma esperança no mundo de uma designer que não aguentava mais o seu trabalho. Será que eu não estava sozinha?


*E spoiler, não eu não estava e não estou sozinha. *


Agora após a organização de um evento em conjunto com mais de 40 pessoas, eu consegui entender o que une um nicho: Nicolas Cage! Brincadeira! Quer dizer, não tão brincadeira assim, mas a troca de aprendizado e força que você recebe em comunidade, principalmente no meio de uma pandemia global, é bem rara de ser repetida em outros lugares.

Tudo que eu vou escrever abaixo sobre o que aprendi, foi a minha experiência como organizadores e incentivadora de alguns times.

E muita coisa parece óbvia. Mas o óbvio precisa ser dito.


1 Eu aprendi quando sentei com as pessoas que eu admiro e as vi trabalhando.


Desde interação de ferramentas, como gather, figma, tiled, entre outros. Até a criação de jornadas, textos, vídeos, roteiros. Tudo o que aprendi vendo pessoas trabalharem, mesmo que remotamente, não consegue chegar aos pés do que tento aprender sozinha ou em cursos. É uma experiência que após anos de trabalho vai ficando cada vez mais rara. Mas não quero que fique. Quero sentar ao lado de muita gente ainda.



Aqui uma amostra da jornada de usuário que eu fiquei encantada enquanto Segui e Amanda Assim apresentavam.


PS: Engraçado que eu odeio que pessoas fiquem me olhando trabalhar. Enfim a hipocrisia.


2 Eu estava cansada de me deparar só com assuntos, trabalhos, eventos iguais. Então eu resolvi colocar a mão na massa.


É isso, eu reclamo bastante, faz parte da minha persona. Faço teatralidades e exageros para causar humor das coisas que não gosto. Mas além de reclamar, eu sinto que preciso fazer algo pra mudar o cenário atual também. É isso, eu sou uma realizadora.


Assim limpo minha consciência, e continuo reclamando das coisas que não concordo :)


3 Estar a frente de grandes decisões, é desgastante e consume muita energia mental.


Sim, há uma economia de energia bem grande em estar em posições e cargos que não exigem tomadas de decisões impactantes. Mas pessoas que querem realizar projetos, acabam não conseguindo fugir disso. Com a experiência em organizar eventos e atender cliente, essa habilidade de tomar decisões e sofrer as consequências, boas ou ruins delas, vem sendo facilitada para mim nos últimos anos. Mas ainda assim, o desgaste mental e emocional depois de um projeto desse tamanho é fortíssimo.


Não se engane, não é tão simples quanto parece, analisar todas as alternativas e as encaixar tanto com seus valores, quanto com o objetivo do seu projeto. Tentando ser o máximo justo que conseguir. É como [insira uma coisa bem difícil aqui.


É como carregar uma bandeja cheia de café gostosinho e churros quentinhos sem derramar nada!



Achei essa imagem do garçom carregando tudo ao mesmo tempo. E achei que ilustraria muito bem meu pensamento. Além do que, tem churros nessa imagem, então não tem como errar.


4 Liderar em trabalho voluntário exige muito engajamento, transparência e delegar trabalhos.


Essa etapa era a que eu estava mais aguardando para colocar em prática quando decidi entrar nesse projeto. Eu precisava me colocar em algum papel de liderança. é o que eu quero para minha carreira.

E como eu imaginei, trabalhando com pessoas voluntárias, percebi que o processo de delegar trabalhos é essencial. Não delegar faz com que as pessoas se sintam incompetentes e indesejadas. Delegar demais, pode sobrecarregar e causar a desistência de alguém que você não quer ver indo embora. Por isso a importância sempre do alinhamento expectativa x desempenho é básico.

Mas descobri que ao termos tarefas bem definidas com datas bem definidas, é batata, o trabalho saí. Pedir abertamente se alguém pode ajudar e esperar com que as pessoas tomem a frente, pode acontecer, mas não sempre.


5 Elogios e reconhecimento são importantes, Suellen, aprenda a fazê-los.


Desculpe, eu vim quebrada de fábrica, tenho dificuldade em receber e dar elogios. Estou trabalhando o máximo que posso para melhor atendê-los. Mas é básico em um trabalho não remunerado, um dos principais benefícios além de você trocar experiências com seus colegas é ser reconhecido dentro da comunidade, e virar até uma referencia em assuntos que em algum momento podem gerar outros projetos remunerados.


Sim sim, já estou anotando aqui, para estudar um processo desse tipo de reconhecimento dentro da comunidade como um todo.


6 Uma sequência de experimentações sem ligação aparente levam a cenários incríveis.


Um dos temas mais discutidos nas rodas de conversas entre eu e minhas amigas inventadoras de moda em 2020 era: Será que essa montoeira de coisa aleatória, vai dar em algo bom um dia?


E veja bem, nem demorou tanto e essa hora chegou. O meu exemplo pessoal é que sim, a maioria dessas coisas bobas que inventamos em produzir e aprender, podem se juntar num grande megazorde e mudar até o seu caminho profissional. Como mostra o infográfico abaixo:



Isso que aqui eu só usei os exemplos do que fiz de 2019–2021


Estou aguardando ansiosamente, para onde o curso de adestramento vai me levar!


7 Pessoas, pessoas, pessoas.


Aqui entramos na parte emocional.

Se em empresas que não temos controle sob quem é contratado, em uma comunidade nichada a possibilidade de encontrar pessoas que se alinhem com seus valores e que te façam bem, é enorme. E foi isso que aconteceu.


Agora carrego no meu coração com buraquinhos pessoas que nem sei como conheci. E cada dia elas se reproduzem mais. Vou parar antes que eu chore.



Eu no barco digital com as pessoas que eu gosto!


E por último, mas não menos importante:


8 Nicolas Cage une todas as tribos.


Minha cara depois do Sh*ft foi bem parecida com essa!


Sem mais!

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